Saúde Comunitária - Unidades Móveis de Saúde
A prestação de cuidados de saúde em Unidades Móveis tem vindo a ser disponibilizada desde 1994 no distrito de Lisboa em locais identificados como bolsas de pobreza, onde existem grupos populacionais específicos com dificuldades na acessibilidade aos cuidados de saúde. A utilização de Unidades Móveis tem facultado a aproximação à comunidade, permitindo uma resposta mais adequada às necessidades reais para além de facultar o trabalho interinstitucional.

Iniciativa: Saúde Comunitária - Unidades Móveis de Saúde
Entidade: Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo, IP – Departamento de Saúde Pública
Entidades parceiras: AJPAS- Associação de Jovens Promotores da Amadora Saudável e Câmara Municipal do Seixal – Gabinete do Seixal Saudável
Destinatários/Beneficiários potenciais: Grupos vulneráveis e bolsas de pobreza no âmbito da Saúde–Materno–Infantil e Planeamento Familiar.
Categoria: Serviços ao Cidadão
Ponto de Situação: Projecto de Intervenção Comunitária com início em 1996. As intervenções desenvolvidas nos últimos dois anos nas áreas de abrangência dos CS do Lumiar, Pontinha, Marvila, Cascais, Oeiras, Seixal e Venda Nova, decorrem das necessidades de saúde das populações abrangidas e visam essencialmente o aconselhamento, a orientação, o encaminhamento, e acompanhamento a todos os grupos etários numa perspectiva de abordagem familiar.
Site:
www.arslvt.min-saude.pt


As Unidades Móveis são uma porta de entrada para o Serviço Nacional de Saúde e disponibilizam um serviço de aconselhamento, orientação, encaminhamento e acompanhamento em situações de:
  • Pouca acessibilidade aos cuidados de saúde de uma forma global;
  • Mulheres em idade fértil sem vigilância de Planeamento Familiar;
  • Grávidas não vigiadas;
  • Crianças com menos de seis anos sem vigilância de Saúde Infantil;
  • Vacinação a crianças com menos de 14 anos com o PNV em atraso;
  • Adolescentes/Jovens e adultos em risco;
  • Tuberculose pulmonar e outras Doenças Transmissíveis;
  • Toxicodependência;
  • Alcoolismo;
  • Teste rápido de VIH/SIDA.
Assim, o projecto tem como objectivos gerais:
  • Reduzir danos e riscos em saúde pública;
  • Melhorar a acessibilidade aos cuidados de saúde a grupos vulneráveis, através da informação e promoção de saúde;
  • Contribuir para a inclusão social destes grupos numa perspectiva multicultural, promovendo a redução das desigualdades em saúde;
  • Intervir em proximidade em situações de maior risco.
E como objectivos específicos aumentar a taxa de cobertura em todos os grupos de risco descritos, nomeadamente:
  • O número de Tuberculoses controladas;
  • O número de alcoólicos e toxicodependentes encaminhados;
  • O número de seropositivos identificados precocemente (intervenção estratégica em locais de maior prevalência);
  • A vigilância na gravidez (assim como, a precocidade na vigilância);
  • O número de consultas de revisão do puerpério;
  • Crianças com menos de seis anos sem vigilância de Saúde Infantil;
  • Crianças com menos de 14 anos com o PNV em atraso;
  • Adolescentes / Jovens /Adultos/ Idosos em risco;
  • Indivíduos com Tuberculose Pulmonar em TOD;
  • Toxicodependentes (nomeadamente, indivíduos em programa de metadona);
  • Indivíduos com problemas relacionados com o alcoolismo;
  • Situações de violência doméstica.
Para alcançar estes objectivos, a ARSLVT promove as seguintes estratégias/actividades:
  • Estabelecer circuitos efectivos envolvendo os profissionais dos Centros de Saúde, as instituições, as associações e grupos da comunidade, solicitando a sua participação;
  • Perspectiva integrada das situações a nível familiar e comunitário –abordagem sistémica;
  • Realizar acções de educação e promoção de saúde;
  • Fazer visita domiciliária (com ou sem Unidade Móvel);
  • Acompanhar os casos de maior risco materno –infantil;
  • Realizar teste rápido do VIH/ SIDA nos Centros de Saúde e nos projectos comunitários para melhoria da acessibilidade e detecção precoce de maior nº de seropositivos;
  • Controlar os casos mais complexos em adesão à terapêutica relativamente a Tuberculose/Sida/Toxicodependência. 
Recomendações

O objectivo de assegurar uma vida longa e saudável para toda a população tem que se tornar cada vez mais uma responsabilidade partilhada por diferentes sectores da sociedade abrangendo diferentes áreas. De acordo com a evidência científica, os factores que mais influenciam a saúde das pessoas e das populações situam-se nos domínios social, económico e ambiental.

É fundamental uma articulação eficaz entre todos os intervenientes, ACES/CS, autarquias e parceiros da comunidade de modo a que se estabeleçam ligações efectivas entre estes e a população , com a finalidade de melhorar a acessibilidade aos cuidados de saúde e a proximidade aos grupos vulneráveis.

Anexos

Saúde Comunitária - Unidades Móveis de Saúde - Apresentação do projecto e resultados por Maria Teresa Antunes, Enfermeira da ARSLVT, IP – DSP, 2009 (pdf, 716 KB)

Resultados

O projecto “Saúde Comunitária - Unidades Móveis de Saúde” da ARSLVT foi laureado com uma menção honrosa de “Inovação” do Alto Comissariado da Saúde. A atribuição desta menção ocorreu no âmbito da exposição “Saúde Multimédia”, realizado no decorrer do II Fórum Nacional de Saúde, a 10 e 11 de Fevereiro de 2009.

Ponto de Contacto

Madalena Bacelar
Enfermeira Chefe
Departamento de Saúde Pública
ARSLVT, IP
Tel.: (+351) 218 425 146
madalena.bacelar@arslvt.min-saude.pt

 Última Actualização: quarta-feira, 17 de Fevereiro de 2010