Rede de Artesãos
A "Rede de Artesãos" constituiu-se como uma plataforma de inserção no mercado de trabalho para pessoas consumidoras de substâncias psicoactivas que se encontravam em tratamento nos EX-TA (actuais Equipas de Tratamento). A permanência no projecto era de um ano, no máximo.

Iniciativa: Rede de Artesãos
Entidade: Instituto da Droga e Toxicodependência – Delegação Regional do Algarve
Destinatários/Beneficiários potenciais: Toxicodependentes em recuperação nas Equipas Especializadas de Tratamento e Reinserção no Distrito do Algarve
Castegoria: Serviços ao Cidadão
Ponto de Situação: Concluído, com 181 beneficiários directos e dezenas de empresas, instituições de solidariedade social e autarquias envolvidas no projecto.
Site: www.idt.pt


Este projecto foi desenvolvido pela Delegação Regional do Algarve do Instituto da Droga e Toxicodependência, com o objectivo de promover os processos de inclusão social, incrementar as competências pessoais e profissionais destes indivíduos e, ao mesmo tempo, fomentar a sensibilização empresarial para esta força produtiva.

O projecto "Rede de Artesãos" alia a vertente experiência profissional com a formação profissional, facultando aos toxicodependentes em recuperação um modelo de formação/acção num contexto de trabalho onde se valoriza o aprender-fazendo. Os modelos de relação de mestre/aprendiz e de imitação/repetição de tarefas estiveram na base deste modelo de formação.

Este projecto iniciou-se em Outubro de 2002 e teve financiamento até Abril de 2005, sendo que os beneficiários só podiam estar no processo durante o período máximo de um ano. As empresas aderentes foram recrutadas através de contacto pessoal com o técnico do projecto, designado como técnico de enquadramento psico-social.

O projecto constituiu-se como uma parceria nacional com a Ambifaro e a Fundação António Silva Leal e foi financiado pelo PIC Equal, pelo que integrou ainda a parceria transnacional, denominada Sapiens Network; desta parceria faziam parte projectos da República da Irlanda, França, Reino Unido, Alemanha e República Checa.

Embora tenha acabado o financiamento em Abril de 2005, a Delegação Regional do Algarve do IDT continua a trabalhar na reinserção social com a matriz metodológica da Rede de Artesãos.

Continua a ser um desafio para a Equipa de Reinserção a candidatura de uma metodologia de reinserção baseada na do projecto Rede de Artesãos, mas adaptada aos novos desafios que os novos padrões de consumo e o enquadramento socioeconómico actualmente ditam, desenvolvendo uma resposta que contemple o apoio à inserção sócio-laboral através da equipa multidisciplinar, necessária à abordagem personalizada e global dos beneficiários.

Assim, a actual filosofia de actuação é procurar parcerias de financiamento, que permitam tornar este projecto num modelo de intervenção nas práticas de Reinserção do IDT.

Recomendações

É importante que as instituições saibam que os melhores resultados são obtidos pelas sinergias resultantes do trabalho em rede: a própria instituição, o tecido empresarial, os beneficiários, as suas famílias, as instituições públicas, etc.

Apesar deste projecto ter como população-alvo a toxicodependência é possível a sua replicação noutras áreas onde a inclusão social seja necessária. A outra recomendação prende-se com a constituição da própria equipa que deve ser rica em «saber fazer». Considerando que se aborda cada pessoa no seu conjunto, a equipa deve alargar as suas competências para permitir que com o contributo de várias áreas profissionais atinja objectivo.

Resultados
  • Melhoria da qualidade de atendimento aos utentes que precisavam de um enquadramento social;
  • Melhoria das condições de vida dos utentes em recuperação;
  • Por consequência, pode observa-se ganhos em saúde;
  • Impactos positivos no IDT, inclusive na criação de uma equipa especializada em reinserção sócio-laboral e que permanece activo após o fim do projecto;
  • Impactos positivos nos beneficiários directos do projecto que conseguiram um vinculo laboral estável;
  • Impactos positivos em particular ao nível do tecido empresarial algarvio que ficou mais sensibilizado para o tema da empregabilidade de público desfavorecido;
  • A própria sociedade civil ficou a ganhar, pois muitos beneficiários que antes usufruíam algum tipo de subsídio estatal passaram a ser contribuintes líquidos do Estado, através, por um lado, do pagamento de impostos, por outro enquanto cidadãos com maior poder de consumo;
  • Será ainda justo reivindicar parte nos impactos indirectos na saúde pública, na diminuição da pequena criminalidade e no sentimento de segurança das populações.
Ponto de Contacto

António Brito Camacho
Delegado Regional do Algarve 
Tel: (+351) 289 888 350
antónio.camacho@idt.min-saude.pt

José Júlio Sardinheiro
Subdelegado Regional do Algarve
Tel: (+351) 289 888 350
jose.sardinheiro@idt.min-saude.pt

Nuno Murcho
Director do Centro de Respostas Integradas do Algarve
Tel: (+351) 289 888 350
nuno.murcho@idt.min-saude.pt

Ana Paula Neto
Coordenadora da Equipa Especializada de Reinserção
Tel: (+351) 289 804 887
ana.neto@idt.min-saude.pt 

 Última Actualização: quarta-feira, 21 de Maio de 2008