PROVE - Promover e Vender
O projecto PROVE foi criado no âmbito da Iniciativa Comunitária EQUAL e pretendeu desenvolver e testar um sistema de comercialização de proximidade de produtos agrícolas. Numa primeira fase a parceria do projecto trabalhou com um grupo de pequenos produtores dos concelhos de Palmela e Sesimbra, para melhorar o escoamento das suas produções. Face aos resultados alcançados, esta experiência tem vindo a ser replicada noutros territórios.

Iniciativa: PROVE - Promover e Vender
Entidade: ADREPES – Associação para o Desenvolvimento Rural da Península de Setúbal
Entidades parceiras: ADER-SOUSA – Associação de Desenvolvimento Rural das Terras do Sousa; ADRIMINHO – Associação de Desenvolvimento Rural Integrado do Vale do Minho; ADRITEM – Associação de Desenvolvimento Rural Integrado das Terras de Santa Maria; Câmara Municipal de Palmela; Câmara Municipal de Sesimbra; Câmara Municipal de Ponte de Lima; COOPALIMA – Cooperativa Agrícola de Agricultores do Vale do Lima; DOLMEN – Cooperativa de Formação, Educação e Desenvolvimento do Baixo Tâmega, CRL; Escola Superior de Ciências Empresariais do Instituto Politécnico de Setúbal; INDE – Organização Cooperativa para a Intercooperação e o Desenvolvimento, CRL; Associação IN LOCO – Intervenção, Formação e Estudos para o Desenvolvimento Local; MARP – Associação das Mulheres Agricultoras e Rurais Portuguesas; Minha Terra – Federação Portuguesa de Associações de Desenvolvimento Local; MONTE – Desenvolvimento Alentejo Central - A.C.E.; SAL – Sistemas de Ar Livre; Sociedade Turística do Cabo S.A. e TAGUS - Associação para o Desenvolvimento Integrado do Ribatejo Interior
Destinatários/Beneficiários potenciais*
Categoria: Serviços ao Cidadão
Ponto de Situação*
Custos envolvidos*
Site:
www.prove.com.pt


A metodologia PROVE pretende proporcionar aos utilizadores um conjunto de documentos que contêm instrumentos e metodologias de intervenção, construídos e assentes numa lógica inovadora, colectiva, sustentável, ética e solidária.

Espera-se que o utilizador da solução PROVE consiga:
  1. Fomentar e reforçar a capacidade empresarial local dos pequenos produtores;
  2. Promover a partilha de estratégias e recursos dos actores locais;
  3. Estimular processos de sustentabilidade local através da comercialização de proximidade.
Os utilizadores da solução PROVE têm acesso a um conjunto de instrumentos, indicações, referencias e exemplos, que permitem auxiliar na mobilização, organização, dinamização e implementação do sistema de comercialização.

PROVE em Detalhe

O PROVE pretende estudar e testar formas alternativas de comercialização entre pequenos produtores locais e consumidores. O processo de desenvolvimento passa por implicar e construir em conjunto com produtores, consumidores e entidades locais dinâmicas e intervenções que proporcionem e estimulem a aquisição de conceitos, instrumentos e metodologias para definir novas estratégias de comercialização local.

O conjunto de actividades previsto pretende combater as fragilidades dos microprodutores ao nível da organização e estruturação da oferta, encontrando alternativas diferentes para escoar os produtos locais de qualidade que não entram nos circuitos normais de comercialização por serem muitas vezes produzidos de forma informal e por se encontrarem marginalizados num meio rural fechado a novas maneiras de pensar os problemas do território.

O acesso à qualificação e ao processo de tomada de decisão permitirá aos produtores uma maior valorização e dignificação do seu perfil profissional, bem como um maior poder de resolução sobre os processos produtivos e comerciais a utilizar na oferta de produtos e serviços em meio rural.

O envolvimento das entidades locais no projecto decorre do interesse e da mais valia de reflectir com os actores as problemáticas que afectam grande parte dos produtores e microempresários, promovendo novas formas de empreender o espírito empresarial, facilitando o acesso a novos processos de gestão e organização, e permitindo a emergência de novos métodos de marketing e comercialização para a divulgação dos produtos e serviços da região.

Ponto de Situação*

O projecto foi financiado pela Iniciativa Comunitária Equal durante o período de 2 de Dezembro de 2004 a 30 de Junho de 2009. Candidatando-se posteriormente à Cooperação Interterritorial do PRODER para o período de 2010 – 2012.

O PROVE apresenta uma Rede de Parceiros e Técnicos com competências para transferir a metodologia para outras entidades e territórios, através de um processo de apropriação dinâmico que engloba as seguintes fases:
  1. Iniciação à incorporação da metodologia PROVE;
  2. Oficina de mediadores PROVE;
  3. Oficina de qualificação G-PROVE;
  4. Visita de um dia a um núcleo PROVE instalado;
  5. Utilização da marca PROVE, instalação do G-PROVE e material informativo.
Neste momento o PROVE apresenta:
  1. Bolsa de Mediadores (sete técnicos) formados e com competências para implementar o processo de comercialização;
  2. Bolsa de Técnicos (45 técnicos) formados no programa informático G-PROVE;
  3. Núcleos de produtores e consumidores PROVE em várias regiões do país dispostos a partilhar as experiências da comercialização de proximidade e do trabalho desenvolvido ao nível do associativismo;
  4. PROVE em REDE disponível para trocar experiências e conhecimentos entre técnicos, parceiros, produtores e consumidores envolvidos no PROVE. O conjunto de documentos disponibilizados na REDE tem facilitado o acesso a informação imprescindível para a adopção da metodologia PROVE.
Custos envolvidos*

A apropriação da metodologia PROVE será efectuada através de um contrato de compromisso entre a entidade prestadora dos serviços e a entidade incorporadora, sendo concedido o direito de utilização da Marca PROVE (com registo nacional pelo INPI – Instituto Nacional de Propriedade Industrial).

Clientes: Associações de Desenvolvimento Local, Cooperativas de Produtores, Confederações de Produtores, Associações de Consumidores, Organizações Não Governamentais, Instituições de Intervenção Social, Autarquias, Direcções Regionais de Agricultura, Escolas Secundárias de Ensino Agrícola, Escolas Superiores, Instituto de Emprego e Formação Profissional, Empresas do Sector Agrícola e Agro-alimentar, Empresas de Prestação de Serviços Agrícolas, Produtores em nome individual, entre outros.

O valor é variável de acordo com o local de implementação e o interesse dos clientes, incluindo:
  1. Iniciação à incorporação da metodologia PROVE: um dia de trabalho do técnico – deslocações e ajudas de custo;
  2. Oficina de mediadores PROVE: três dias de trabalho do técnico – deslocações e ajudas de custo;
  3. Oficina de qualificação G-PROVE: um dia de trabalho do técnico – deslocações e ajudas de custo;
  4. Visita de um dia a um núcleo PROVE instalado: os custos associados a este serviço serão totalmente assumidos pelo cliente, nomeadamente deslocação de técnicos e produtores do território aderente a um dos núcleos PROVE;
  5. Utilização da marca PROVE, instalação do G-PROVE e material informativo: os custos associados ao material promocional: folhetos, caixas, inserção de publicidade na comunicação social e outros serão totalmente assumidos pelo cliente.
Tecnologia

G-PROVE – Sistema de Gestão PROVE

Devido às necessidades logísticas de organização do cabaz foi criado o Sistema de Encomendas G-PROVE que se encontra licenciado para utilização exclusiva da Rede PROVE.

Este sistema permite a adesão e actualização de dados de encomenda pelos consumidores e todos os procedimentos em cada ciclo de planeamento do cabaz pelos produtores.

Adesão e actualização de dados de encomenda

O sistema de encomendas do G-PROVE, permite através do website que um cliente:
  • Adira a um cabaz PROVE;
  • Actualize os seus dados pessoais;
  • Desmarque uma recolha;
  • Altere a sua password de acesso aos seus dados pessoais.
Todas as operações realizadas directamente pelos clientes no sistema de encomendas desencadeiam o envio de uma mensagem de correio electrónico para os produtores, com os dados actualizados do cliente.

Quando um cliente adere a um dado cabaz através do sistema de encomendas do website, cria um novo registo de cliente. Este novo registo de cliente fica no estado de “Cliente Pendente” e só será incluído no planeamento do cabaz depois do produtor validar os dados e passar o cliente a “Cliente Activo”.

No final do processo de adesão, é indicado ao cliente que a sua adesão será confirmada durante o próximo dia útil. Assim sendo, a adesão de um novo cliente, pressupõe a confirmação da disponibilidade do cabaz através de uma mensagem de correio electrónico ou de um contacto telefónico a efectuar pelo produtor.

Os dados utilizados no sistema de encomendas (clientes, produtos e locais de entrega), com excepção do nome do cabaz e do seu preço, são editáveis através do sistema de gestão do cabaz. Assim sendo, é necessário um especial cuidado na definição dos produtos e dos locais de entrega, porque estes dados são utilizados na parte pública do site através do sistema de encomendas.

Procedimentos do ciclo de planeamento

Cada ciclo de planeamento deve ser realizado sobre um conjunto de definições correctas de forma a que os resultados obtidos possam estar correctos.

A primeira tarefa a realizar em cada ciclo de planeamento, consiste em actualizar as definições de: produtos; locais de entrega; produtores e clientes.

Em geral as definições de produtos, locais de entrega e produtores, só raramente são alteradas. Por outro lado, as definições de cliente têm normalmente de ser actualizadas antes de cada ciclo de planeamento de forma a reflectirem:

  • Entradas de novos clientes;
  • Desistência de clientes activos;
  • Impossibilidade do cliente recolher o cabaz numa dada semana;
  • Alteração do local de entrega escolhido pelo cliente. 
A segunda tarefa a realizar em cada ciclo de planeamento, consiste na preparação do plano de entregas. Para iniciar o planeamento das entregas de uma dada semana, todos os planos de semanas anteriores têm de estar fechados.

O plano de entregas consiste no cálculo das necessidades de produtos a entregar, efectuado a partir de um cabaz de referência introduzido pelos produtores. De acordo com as preferências dos clientes, os produtos que os consumidores não querem receber aparecem no plano como produtos a substituir.

Depois de introduzir um cabaz de referência, os produtores devem consultar o plano de entregas e proceder aos ajustes necessários ao cabaz de referência, de modo a que:

  • O cabaz tenha uma composição adequada para os clientes;
  • As quantidades totais de produtos necessários possam ser disponibilizados pelos produtores.
O plano de entregas produzido pelo sistema deve ser entendido como um auxiliar na preparação dos cabazes. As quantidades exactas de produtos substituídos por preferência dos consumidores ou por falta de produtos, são decididos pelos produtores caso a caso (dai estarem indicados no plano de entrega as restrições de produtos de cada consumidor). A opção plano [PDF] disponibiliza o plano de entregas em formato PDF (Acrobat Reader) de forma a facilitar a sua impressão.

A terceira tarefa a realizar em cada ciclo de planeamento, consiste na preparação do relatório de aprovisionamento. Para iniciar o aprovisionamento de uma dada semana, tem de estar criado o plano de entregas para essa semana e todos os relatórios de aprovisionamento de semanas anteriores têm de estar fechados.

O relatório de aprovisionamento só pode ser efectuado quando se conhecerem as quantidades que cada produtor entregou ou vai entregar, e quando estiver estabelecido o preço de referência de cada produto fornecido. A principal finalidade do relatório de aprovisionamento é auxiliar o cálculo da remuneração de cada produtor e determinar o valor total dos produtos fornecidos. A opção relatório [PDF] disponibiliza o relatório de aprovisionamento em formato PDF (Acrobat Reader) de forma a facilitar a sua impressão.

O acesso ao G-PROVE é feito pela atribuição do nome de utilizador e palavra-passe a cada núcleo de produtores. Cada núcleo fica com uma adesão independente que pode gerir de acordo com as alterações dos consumidores e as necessidades do ciclo de planeamento.

Recomendações

A solução PROVE permite construir um processo territorial de proximidade, através da comercialização de produtos locais de qualidade, promovendo o contacto directo entre produtores e consumidores, o que origina um conjunto de benefícios:

Para os produtores porque conseguem garantir a venda dos seus produtos e ter o reconhecimento do seu trabalho, melhorando a sua auto-estima e o seu rendimento familiar.

Para os consumidores porque têm acesso a produtos frescos e saborosos com uma excelente relação qualidade/preço, o que proporciona o aumento do consumo de produtos mais saudáveis.

Para os territórios porque ocorre o aumento da competitividade das zonas rurais e uma maior interacção entre o espaço rural e urbano, com o desenvolvimento de diversas actividades geradoras de riqueza. De salientar ainda que o consumo de proximidade implica a diminuição da distância entre o local de produção e o local de consumo, o que origina benefícios ao nível ambiental e de segurança alimentar.

A aplicação da metodologia PROVE proporciona a construção de processos territoriais de proximidade que estimulam a competitividade territorial uma vez que centram a sua intervenção no estabelecimento de uma rede de parceiros, produtores e consumidores obtendo sinergias que revertem na melhoria económica, social e ambiental das comunidades, originando territórios mais competitivos e valorizados.

Próximas Acções

Aconselha-se a consulta do site do PROVE ou contacto directo com os responsáveis.

Anexos

  1. PROVE – Contributo para um Processo Territorial de Proximidade, disponível no Directório da EQUAL na plataforma do SIFFSE e no site do PROVE;
  2. Banda Desenhada PROVE , disponível site do PROVE;
  3. Brochura PROVE, disponível site do PROVE;
  4. Vídeo Testemunhal PROVE, disponível site do PROVE;
  5. Vídeo Institucional PROVE, disponível no site do PROVE;
  6. Cabaz Prove (jpg, 3,40 MB).
Resultados

PROVE em números
  • 13 locais de comercialização em todo o país;
  • 45 produtores envolvidos;
  • 120 hectares de terreno agrícola abrangido;
  • 255 consumidores regulares;
  • 267 cabazes transaccionados por semana;
  • 2,4 toneladas de produtos hortofrutícola transaccionado por semana.
Iniciativas de disseminação do projecto
  • PROVE – vídeo de publicidade institucional, in site da RTP 2, 30 de Junho a 20 de Julho;
  • PROVE na Região Autónoma da Madeira: O PROVE participou no evento "A Inovação Social e o Fundo Social Europe-Práticas e Princípios EQUAL", que se realizou nos dias 18 e 19 de Maio de 2009no Hotel Tivoli, Funchal;
  • Cabaz do Hortelão – o PROVE em Montemor-o-Novo, lançado 14 de Abril de 2009;
  • Seminário PROVE: Empreendedorismo em Meio Rural, Auditório Municipal, Lousada, pelas 10:00, 4 de Dezembro de 2008;
  • PROVE - Workshop sobre Comercialização de Proximidade, Módulo II: Palmela e Sesimbra, 26 e 27 de Junho;
  • Comercialização de Proximidade – Projecto PROVE 8 de Abril de 2008, 14h30 - Auditório Municipal de Penafiel - Pavilhão Municipal de Feiras e Exposições; 10 de Abril de 2008, 14h30m - Fundação Eugénio de Almeida – Évora.
Outros Produtos do Projecto

Apresentação multimédia sobre o projecto PROVE (pasta comprimida com 28,3 MB)

O Projecto PROVE ficou em 3.º lugar no ranking de classificação do Prémio Projectar Um Novo Futuro, atribuído pela EQUAL no Encontro Nacional e Internacional de Inovação Social, que decorreu entre o dia 10 e 12 de Dezembro de 2008, na FIL, em Lisboa, tendo arrecadado uma menção honrosa.

Ponto de Contacto

Manuela Sampaio
Coordenadora
ADREPES – Associação para o Desenvolvimento Rural da Península de Setúbal
Telm. (+351) 919 424 733
Tel.: (+351) 212 337 930
Fax: (+351) 212 337 939
manuela.sampaio@adrapes.pt

Cláudia Bandeiras
Técnica de Acompanhamento
ADREPES – Associação para o Desenvolvimento Rural da Península de Setúbal
Telm. (+351) 919 424 733
Tel.: (+351) 212 337 930
Fax: (+351) 212 337 939
claudia.bandeiras@adrapes.pt

PROVE
prove@prove.com.pt

 Última Actualização: terça-feira, 4 de Maio de 2010