Medicina Transfusional Hospitalar - Competências Técnicas e Clínicas
O âmbito de actividade do Serviço de Imuno-hemoterapia do CHVNG/E foi certificado com sistema de gestão da qualidade NP EN ISO 9001:2008 e acreditado por requisitos de competência NP ISO/IEC 17025:2005 para aumentar os níveis de segurança na medicina transfusional, reduzir o volume de importações de hemoderivados e os níveis de desperdício de componentes do sangue e promovendo a utilização de produtos nacionais. Integração do âmbito de actividade no actual sistema português da qualidade através de duas normas de referencia internacional.
Iniciativa: Medicina Transfusional Hospitalar - Competências Técnicas e Clínicas
Entidade: Serviço de Imunohemoterapia do Centro Hospitalar Vila Nova de Gaia/Espinho, EPE (CHVNG/E)
Destinatários/Beneficiários potenciais: Serviços de Imunohemoterapia ou Serviços de Medicina Transfusional Hospitalares e Doente Hospitalares
Categoria: Qualidade
Ponto de Situação: Concluído
Custos envolvidos: Financiamento pelo FEDER , através do Programa Operacional da Saúde – Saúde XXI – eixo prioritário 2 medida 2.3 – Custo Global de 93.061,76 Euros
Aumentar os níveis de segurança na utilização de produtos biológicos de origem humana, reduzindo a par o volume de importações de produtos farmacêuticos de origem biológica humana, aumentando os níveis de confiança dos doentes e dos profissionais a par de uma redução de custos.
A utilização de produtos biológicos de origem humana está sempre associada riscos. Para que estes riscos se confinem a níveis mínimos e residuais é necessário que os serviços técnicos e clínicos envolvidos na preparação e administração destes produtos no tratamento dos doentes, possuam não só um sistema de gestão da qualidade com desenho claro dos processos de organização do trabalho , mas também que os métodos e ensaios utilizadas no estudo dos produtos terapêuticos produzidos estejam acreditadas por norma de referência internacional e que os seus recursos humanos envolvidos reúnam competências técnicas e clínicas.
Estes riscos residuais são ainda menores se existirem abordagens terapêuticas mais seguras como é o caso de ser realizada uma gestão das existências que permita seleccionar para administração a determinado doente componentes biológicos que tenham origem num mesmo dador por forma a reduzir ao mínimo o número de exposição ou contactos biológicos entre o doente (receptor) e os diferentes dadores.
Aos níveis de segurança associou-se uma vantagem económica que só na compra de plasma foi superior a 100 mil euros em 2008 e nesta instituição hospitalar o que pela sua eventual replicabilidade a nível nacional poderá vir a ganhar maior expressão e volume e diminuir o nível de importação de produtos plasmáticos industriais.
Esta abordagem diminui assim o risco residual de infecção pela transfusão de componentes do sangue, diminui o nível de desperdício de componentes e as taxas de inutilização de produtos por perda da validade, Conduz assim a um maior aproveitamento dos produtos biológicos doados aumentando os níveis de segurança.
Com estes objectivos todo o âmbito de actividade desta área de acção médica hospitalar, de características clínicas e laboratoriais foi certificada com requisitos da norma NP EN ISO 9001:2000 a par da observância dos requisitos de competência para laboratórios de ensaio da norma NP ISO/IEC 17025.Descrição e caracterização (em cerca de 1000 caracteres) da iniciativa que a Entidade desenvolveu, com identificação das principais dificuldades encontradas, como as mesmas foram ultrapassadas e quais as competências que foram necessárias para a construção da iniciativa).
Recomendações
Salientamos que a utilização do Componente Sanguíneo Plasma, produzido neste Serviço, em detrimento da utilização Plasma Industrial importado, o qual apenas utilizamos em 8% das situações, nos permitiu uma economia neste hospital que só no ano de 2008 foi de 100.709,53 Euros, a par dos inequívocos ganhos em segurança .
Esta procedimento que implementamos, de utilização do plasma nacional como plasma solidário, poderá, pela sua replicabilidade a nível nacional, vir a traduzir-se numa diminuição do nível de importações deste hemoderivado e assim numa redução de custos, em termos económicos e financeiros, o que terá também impacto ambiental podendo um maior aproveitamento do sangue doado constituir um factor de dinamização entre o estado e a sociedade civil.
De salientar que a implementação de um sistema de gestão da qualidade em 2003 e a acreditação de ensaios laboratoriais em 2005 nos permitiu continuar com toda a segurança a preparação e utilização terapêutica de todos os componentes do sangue neste hospital necessários ao efectivo tratamento os doentes, no pleno cumprimento desde 2003 de directivas europeias sobre qualidade e segurança de produtos biológicos que só muito posteriormente viriam a ser vertidas para a legislação dos diferentes estados membros (
Decreto-Lei nº 267/2007, de 24 de Julho).
Próximas Acções
Fornecimento de matéria prima biológica (plasma) para inclusão no programa nacional de fraccionamento do plasma em Portugal.
Anexos
Serviço de Imuno-hemoterapia recebe Prémio Hospital do Futuro,
in Mais Informação, Mais Saúde - Centro Hospitalar Vila Nova de Gaia/Espinho, EPE, página 3, Julho de 2008 (pdf, 1,34 MB)
Resultados
- Aumento dos níveis de confiança e de satisfação dos profissionais e dos doentes;
- Zelar pela competência técnica e aumentar a consistência da organização no cumprimento de boas práticas;
- Compromisso dos profissionais e seu envolvimento com indicadores e objectivos definidos, com definição de responsabilidades e autoridades para cada função em todos os grupos profissionais que compõem o serviço, desde o sector auxiliar de acção médica, a de administrativo, á de técnico, à de enfermeiro e à de médico, por vezes de articulação difícil dada a existência de diversas chefias por grupo profissional;
- Aumento da segurança nas actividades de rotina e na qualidade dos produtos biológicos preparados para terapêutica com diminuição de nº de contactos entre receptor e dador.
Baixa taxa de inutilização de produtos;
- Aumento dos níveis de satisfação: 87% nos doentes da consulta externa, 92% dos profissionais externos a este Serviço Hospitalar e 98% nos colaboradores internos;
- Diminuição do recurso por compra aos exterior a produtos farmacêuticos de origem industrial nomeadamente plasma o que representou uma economia em 2008 no Hospital na ordem dos 107.370 Euros;
- Maior aproveitamento dos produtos sanguíneos doados;
- Baixo recurso a compra de componentes do sangue no exterior;
- Diminuição da ocorrência de erros nomeadamente de identificação;
- Benefício Social e Externalidades Positivas.
Salientamos que a utilização do Componente Sanguíneo Plasma, produzido neste Serviço, em detrimento da utilização Plasma Industrial importado, o qual apenas utilizamos em 8% das situações, nos permitiu uma economia neste hospital que só no ano de 2008 foi de 100.709,53 Euros, a par dos inequívocos ganhos em segurança.
Esta procedimento que implementamos, de utilização do plasma nacional como plasma solidário, poderá, pela sua replicabilidade a nível nacional, vir a traduzir-se numa diminuição do nível de importações deste hemoderivado e assim numa redução de custos, em termos económicos e financeiros, o que terá também impacto ambiental podendo um maior aproveitamento do sangue doado constituir um factor de dinamização entre o estado e a sociedade civil.
De salientar que a implementação de um sistema de gestão da qualidade em 2003 e a acreditação de ensaios laboratoriais em 2005 nos permitiu continuar com toda a segurança a preparação e utilização terapêutica de todos os componentes do sangue neste hospital necessários ao efectivo tratamento os doentes, no pleno cumprimento desde 2003 de directivas europeias sobre qualidade e segurança de produtos biológicos.
Ponto de Contacto
Álvaro Monteiro
Director do Serviço de Imuno-hemoterapia do CHVNG/E
Tel.: (+351) 227 865 100
Telm: 962 053 602
amon@chvng.min-saude.pt
Última Actualização: sexta-feira, 24 de Julho de 2009